
Barbara Leite Liberato
Meu filho vai começar a comer, e agora?
Atualizado: 1 de mai. de 2020
A introdução alimentar do bebê requer paciência, dedicação, amor e tempo. Iniciar esse processo com respeito, leveza e nutrição é possivel. Quer saber como? A gente vai te contar.

Pedro Chagas de Almeida, 1 ano e 6 meses. Filho de Mariana Chagas e Rodrigo Almeida. Na foto ele estava iniciando a introdução alimentar comendo kiwi através do método BLW
Seu bebê completou ou está bem pertinho de completar seis meses de vida, e até agora o leite materno (ou fórmula infantil) foi a sua única fonte de alimentação. Todos os dias o mesmo “cardápio”.
Mas a partir do sexto mês, preferêncialmente, já é hora de iniciar a fase da introdução alimentar. Essa fase requer tempo, paciência, dedicação e muito amor. Os dias vão ganhar mais emoção, pois muitas novidades estão para acontecer na vida da criança e de toda a família. Muitos sabores, cores e texturas vão entrar em ação, além de um pouquinho de sujeira, “porque sujar, faz parte”.
A tranquilidade dos pais é fundamental para que o bebê sinta-se seguro e confiante na introdução alimentar
Não se preocupe, é normal os bebês não aceitarem a primeira papinha. Pense bem: durante os seus primeiros seis meses de vida ele toma apenas o leite materno (ou fórmula) e, inesperadamente, irá sentir um outro sabor e uma outra textura totalmente diferente do que está habituado.
Pode ser que seu bebê coma tudo o que lhe foi oferecido, mas pode acontecer de aceitar somente 2, 3 ou 4 colheres da papinha ou pedacinhos do alimento. Recusar o alimento e fazer careta também fazem parte do processo. A tranquilidade dos pais é fundamental para que o bebê sinta-se seguro e confiante na introdução alimentar. Garanto que, ao longo do processo, a alimentação ficará tão prazerosa quanto a amamentação! Continue dando chances ao seu filho de conhecer os alimentos, os sabores, as cores e texturas e ofereça a ele mais uma vez, e mais uma, e mais uma... até que ele aceite.
Caso ele continue a recusar determinado tipo de alimento, não se desespere, deixe esse alimento para um outro momento, ele pode realmente não ter gostado e isso também acontece conosco, os adultos. Lembre-se, nunca force o seu filho a comer.
Essa fase que é muito esperada por todos da família e vem acompanhada de muita alegria, mas também de medo, angústia e expectativas. A criança deve ser ensinada a comer através de algum método de introdução alimentar: tradicional, participativo ou BLW. É isso mesmo, o comer é um ato aprendido.

A primeira coisa que precisamos saber é que cada bebê tem seu tempo, seu metabolismo e suas preferências, e que no início a ingestão é pouca, não pense que ele não está comendo direito, acredite, ele sabe o quanto precisa. Uma vez, a mãe de um paciente entrou em contato desesperada, pois a criança “não estava aceitando nada”. Ao acompanhar a criança na refeição do almoço, verifiquei que a criança já havia escolhido como queria se alimentar, mas mãe estava ofertando de outra forma. Com alguns ajustes, a criança voltou a comer.
A primeira coisa que precisamos saber é que cada bebê tem seu tempo, seu metabolismo e suas preferências, e que no início a ingestão é pouca, não pense que ele não está comendo direito,acredite, ele sabe o quanto precisa.
Não se esqueça que o início da introdução alimentar é complementar à amamentação. Um profissional capacitado pode ajudar nesse processo e oferecer orientações adequadas.

Sobre a autora:
Fabricia Azevêdo é casada com Bruno Liberato, mãe de 3 filhos (Rafael, 12; João Vitor 7; e o terceiro filho está no céu). Uma mãe que mudou a sua vida para cuidar da saúde e alimentação dos filhos. Apaixonada pela vida e pela profissão.
Fabrícia Azevêdo
Nutricionista Materno Infantil - CRN-6: 27623
Clínica PAI. (99) 99989-5821/ 3525-6965
Pós Graduada em Nutrição em Obstetrícia, pediatria e adolescente
Modulação Intestinal
Disciplina Positiva na Alimentação Infantil
Consultora em Aleitamento Materno
@fabriciaazevedo.nutri

